Não é segredo para ninguém que o mercado de trabalho para os jovens
advogados não está nem um pouco fácil. Aliás, bem longe do fácil. E isto
é reconhecido inclusive pela atual diretoria do CFOAB, tal como ocorreu
no final de semana passado quando o vice-presidente da entidade, Dr.
Cláudio Lamachia, na Conferência do Jovem Advogado, ocorrida em Porto
Seguro:
Nesta sexta-feira (20), as atividades do segundo e último
dia da I Conferência Nacional do Jovem Advogado tiveram início com a
palestra “Remuneração dos Advogados em Início de Carreira: Honorários
Dignos, Uma Questão de Justiça”, ministrada pelo vice-presidente
nacional da OAB, Claudio Lamachia, que coordena nacionalmente a Campanha
pela Dignidade dos Honorários. A atividade foi mediada pelo
vice-presidente da OAB-BA, Fabrício de Castro Oliveira.
Lamchia
iniciou sua apresentação ressaltando a postura que o advogado deve ter
frente a situações de aviltamento. “Muitas vezes, quando temos que nos
contrapor a um magistrado que decide de forma indigna sobre o valor dos
honorários, nos omitimos. Quando oferecemos ou aceitamos 30 reais para representar em uma audiência, nós enfraquecemos a nossa profissão. Quando aceitamos contratar honorários abaixo da tabela, estamos nos degradando”, lamentou.
Para
ele, o advogado deve ater-se não somente à defesa de uma verba
honorária sucumbencial decente, mas também contratual. “Neste sentido é
que o Conselho Federal da OAB trabalha fortemente para buscar um novo viés de composição da tabela,
para que ela não seja somente referência, mas uma diretriz obrigatória.
Seu descumprimento implicaria em falta ética por quem lhe der causa.
Entendo que desta forma caminhamos a passos largos para fortaleceremos
nossa dignidade profissional”, apontou.
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