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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

SABE O QUE O ESTADO ISLAMICO (IE) VAI FAZER COM VC..CRÉUUU, VELOCIDADE 5.

O secretário de Estado americano, John Kerry, definiu a estratégia da aliança: “Derrotar o Estado Islâmico no campo de batalha, asfixiar as suas finanças, criar leis para reduzir o fluxo de combatentes estrangeiros e opor-se à sua ideologia tóxica.” Os participantes neste primeiro encontro combinaram reunir-se regularmente de forma a manterem os seus esforços coordenados e sincronizados. O correspondente da euronews em Bruxelas, James Franey, considera que ficaram algumas questões por colocar acerca da estratégia liderada por Washington, nomeadamente, “qual é o futuro reservado ao presidente sírio Bashar al-Assad? Onde encaixam as outras forças da oposição que o combatem? Pode uma força militar derrotar uma ideologia jihadista, como a estratégia que a América e os seus aliados têm aplicado na luta contra a Al-Qaida há mais de uma década?”. O governador disse que ele e seus apoiadores já haviam tentado recrutar combatentes em Farah, outra província no sudoeste do Afeganistão, mas acabaram expulsos pela população local com a ajuda da polícia.Para Mohammed, são todos "iguais"."No passado, eles lutaram pela al-Qaeda, em seguida, pelo Talibã, e agora pelo EI...são as mesmas pessoas com os mesmos objetivos", disse ele.Em outro sinal de que o Talibã está enfrentando rupturas internas, o ex-porta-voz do grupo no Paquistão apareceu em um vídeo na Internet, dizendo que havia vários comandantes do Estado Islâmico em ação, e que o Talebã paquistanês teria se aliado ao movimento. Na Síria, os que vivem sob o EI vêem a facção como alienígena à região, em termos culturais, ideológicos e políticos, mas a aturam porque ela trouxe estabilidade e porque o regime de Assad é ainda mais temido e odiado. 
Imagem Internet
No Iraque, muitas pessoas estão horrorizadas com a brutalidade do grupo, que persegue até mesmo religiosos e, entre junho e setembro, assassinou ao menos 40 clérigos sunitas que divergiam de sua teologia. Ainda assim, há apoio ao grupo, também porque o governo central, majoritariamente xiita, é mais temido. Além da alienação política dos sunitas nos últimos anos, as forças regulares iraquianas responderam de forma brutal à tomada de território por parte do então Estado Islâmico do Iraque e da Síria. O revide aos extremistas matou centenas de sunitas inocentes, inclusive crianças, e deixou milhares desabrigados, criando a impressão de que o governo estaria tentando realizar uma limpeza étnica de sunitas.
Ao atacar o Estado Islâmico, o EUA reproduzem, aos olhos de muitos sunitas, a lógica dos governos do Iraque e da Síria, um paralelo que ficará mais claro à medida que as mortes de civis, inevitáveis, se acumularem. Para tentar evitar que a missão fosse retratada como uma cruzada anti-sunitas, Washington buscou guarida moral nos governos árabes, só que são justamente eles os responsáveis pela criação de condições para o radicalismo prosperar. Os ataques, assim, acabam fomentando o ciclo de repressão, radicalização e violência. Os efeitos disso já começaram a ser sentidos.
Na Jordânia, o governo se mostra preocupado com a instabilidade interna e, num aceno aos radicais dentro de sua fronteira, libertou o clérigo Abu Qatada, deportado do Reino Unido acusado de ter ligações com a Al-Qaeda; no Egito, a ditadura tenta transformar a guerra contra o EI em uma confrontação contra todo o islã político, em especial a Irmandade Muçulmana; no Bahrein, o governo vê a parceria com os EUA como uma forma de fazer o mundo esquecer a aterradora repressão contra a minoria xiita durante a Primavera Árabe; para a Arábia Saudita, a aliança renovada com os EUA é uma forma de colocar Obama novamente na trilha que desejavam: a da confrontação direta com Assad. Em sua busca para destruir o Estado Islâmico, os EUA estão reafirmando as estruturas que promovem o radicalismo, dando às ditaduras locais o pretexto da guerra ao terror para ampliar a repressão política e podem reforçar o papel do Estado Islâmico como o representante e defensor dos sunitas desprivilegiados. É a receita do desastre.

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