“Ah, esse cliente é louco. Vem aqui, ‘se consulta gratuitamente’, não
sabe o que quer e ainda não fecha o contrato”. Esse pensamento já passou
pela sua cabeça? Pela minha já passou e por várias vezes utilizei essa
desculpa para justificar o meu baixo desempenho.
Pode doer, mas o cliente sabe exatamente o que quer. O que acontece com muita frequencia é aplicação daquele velho ditado “Quando o único instrumento que você tem é um martelo, todo problema que aparece você trata como um prego".
Já ouvi de alguns clientes e alunos a frase típica de revolta “ sou advogado, não psicólogo”. Isso seria uma posição ajustada se não estivéssemos falando de pessoas como clientes.
Muitas
vezes o cliente quer algo muito mais simples do que nossas soluções
juridicas podem proporcionar. É necessário aprender a linguagem de
resultados, mesmo que seu papel em eventual ação judicial não seja
entregar a tutela jurisdicional.
Você já atendeu um cliente que
fala, por exemplo, que quer uma revisão de beneficio que gera 80% de
aumento em no máximo 6 meses, assim como foi com o primo do amigo do
vizinho dele? Resultado de um pedido desse: advogado irritado. Eu já
passei por isto e sei bem como é.
Para quem está no dia a dia do
mercado jurídico e sabe quantas varíaveis interferem numa demanda, tem a
sensação de que este pedido é uma afronta ao seu trabalho porque,
involuntariamente, pensamos que o cliente só pode estar brincando.
Porém,
é nesta hora que Advogados acima da média precisam se acalmar, focar no
seu atendimento e entender que o cliente não é um estudioso da
militância juridica e mesmo diante de tantas informações acessíveis no
Dr. Google, é o advogado quem deve ter as qualificações necessárias para
interpretar tais dados, pois o que para nós parece óbvio, para o
cliente não é.
Devemos perceber que o cliente tem um desejo, ele
quer experimentar algo que muitas vezes nada tem a ver com sua labuta
juridica e cabe a você, ajudá-lo a entender melhor este desejo e
oferecer-lhe uma solução compatível com a realidade juridica e suas
peculiaridades. É a partir desta compreensão que bons advogados se
apresentam, fazendo um alinhamento de percepção com o cliente através de
argumentos bem embasados, criando o que chamamos de " proposta única de valor ".
Agora reflita, em seus atendimentos sua postura natural é a colheita de fatos ou a colheita de desejos?
E se eu lhe disser que com 5 perguntas, sem se expor, você pode entender o que o cliente realmente quer? Vamos lá:
Apresentações...
1. Em que posso ser útil?
2. O que você gostaria que acontecesse nesse caso para se sentir aliviado e satisfeito?
3. Como desejaria que essa questão fosse tratada pela parte contrária?
4. O que acredita que gerou esse problema?
5. O que a minha advocacia deveria fazer para atender sua demanda?
Essas
perguntas geram reflexões profundas e certamente poderão proporcionar
um atendimento único e inesquecível ao seu cliente. Duvide de mim e
teste:)
Hoje recomendo-lhe um convite para inspirar sua semana, dia 30 de julho, estarei ministrando uma palestra gratuita com certificado, apostila e sorteios sobre o tema" Profissionalização na Advocacia ".
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